RAZÃO X SENTIMENTO: Qual a solução disto?
- Pai Reinaldo - Templo Umbandista Aioká
- 25 de jan. de 2019
- 2 min de leitura

A maior das inconstâncias do ser humano se encontra no sentir. Uns sentem demais, outros sentem de menos. A razão, o cérebro, deveria ser o termômetro para os sentimentos; ela (a razão) é o limite de até onde deveríamos ir, um instinto com bases sólidas. Sofremos, pois perdemos este instinto! Os sentimentos, ao invés de nos alertarem sobre perigos e soluções, nos deixam bobos, porque os usamos como subterfúgios para não lidarmos com aquilo que a razão (mente), ao ser despertada, nos aponta para o que tem de ser lidado: traumas, fraquezas, forças, capacidades, dentre outras coisas. Ao usarmos os sentimentos como justificativa de tudo nos anulamos, viramos zumbis em mundo sem sentido, sem rumo. Nada se compreende, nada se resolve. Quando sentir algo, faça como os animais (os que são supostamente irracionais): dê um basta, se defenda, mude os rumos custe o que custar, tal qual um cavalo trotea ao saber que pode ser ferido. Com esta sentimentalização exacerbada estamos mais irracionais do que os seres tidos como irracionais, perdemos o mínimo sentido de sobrevivência. Quantas pessoas estão em situações degradantes e permanecem por apego sentimental? Seja ele por medo de si mesmo (por não se conhecer), seja o medo do outro (por dependência) ou meramente por mendicância de sentimento. Como algumas entidades do Aioká sempre nos ensinam: " O pior vício é o de pessoas, é o imaginar que não conseguimos viver sem alguém". Só não conseguimos viver sem nós mesmos! Guarde isto. Nossa mente deve ser alertada a todo momento sobre as ciladas dos sentimentos, fora isto nos tornamos joguetes dos outros ou das situações, chegamos ao ponto do adoecimento físico, afinal, "Mens sana in Corpore sano" (Mente sadia, Corpo sadio). Existe um fino equilíbrio entre a razão e o sentimento: ele se chama instinto, percepção, incômodo, instabilidade, dê o nome que quiser, desde que dependa sentimentalmente apenas de si mesmo, reconheça suas forças e limites. Quando cair retome a caminhada sem vitimismos, sem pena de si mesmo ou sem que alguém repare. Chame isto de qualquer coisa que lhe apraz, eu chamo de autoconhecimento.
Pai Reinaldo - Templo Umbandista Aioká
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