EVOLUÇÃO NA UMBANDA
- Pai Reinaldo do Aioká
- 18 de set. de 2018
- 2 min de leitura
(Explicada de uma forma simples, sem grandes aprofundamentos.)
A evolução na Umbanda é a busca do conhecimento tendo por base o autoconhecimento. Saber das coisas sem se preocupar com o entendimento de si mesmo é tempo perdido, um conhecimento que não leva a grandes frutos. Se propor a uma reforma íntima honesta, mudar e moldar as velhas manias, pensamentos e atitudes é o início do processo evolutivo e muito mais produtiva do que apenas a busca incansável por teorias sobre o mundo físico e espiritual. Existem pessoas que tem um conhecimento vasto sobre tudo, mas quando esbarra no ego fica perceptível fragilidades ou forças internas que se bem trabalhadas/compreendidas fariam os conhecimentos serem mais úteis ao todo e não meros subterfúgios "daquilo que não quero lidar em mim". Quando falamos que algum espírito é iluminado ou de luz, é porque ele tem mais compreensão da doutrina divina, da ética, do bom entendimento da fé, da caridade e da esperança. São aqueles espíritos que vem nos auxiliar na nossa caminhada, pois já compreenderam de certa forma a sua. Na Umbanda trabalhamos com espíritos de vários níveis de evolução... Trabalhamos com os Exus e as Pombas giras, estes são de menor evolução, mas essenciais na proteção de um terreiro, na ajuda da transmutação das energias e no resgate dos irmãos desencarnados menos evoluídos. Eles não atendem as pessoas, mas de certa forma são os que mais trabalham. São espíritos que possuem um menor grau de compreensão da Doutrina, mas estão dispostos sempre a evoluir, são os trabalhadores que foram resgatados na "última hora". Depois temos os baianos , boiadeiros, marinheiros. Estes são de evolução intermediária, são protetores em um terreiro e auxiliares dos guias. Os guias de Umbanda, espíritos de maior evolução, aqueles que tem voz de ordem dentro dos terreiros e que são responsáveis pela disseminação da sã doutrina são os caboclos, pretos velhos e cosmes. Estes são responsáveis por atender as pessoas e em especial os pretos velhos e caboclos são guias chefes de terreiro, como por exemplo, aqui no T.U.A. o chefe do terreiro é Pai Caboclo Roxo. Depois temos espíritos mais evoluídos que chamamos de Orixás. Na Umbanda não são divindades, mas sim espíritos que alcançaram um grau superior de evolução. Estes incorporam raramente nos seus médiuns ou quase nunca. São responsáveis por participar, organizar e manter a criação de Deus. São regentes das linhas de Umbanda e das coisas criadas por Deus. Há uma grande confusão na contemporaneidade sobre o Orixá no Candomblé e o Orixá na Umbanda, não é o mesmo conceito, nem a mesma forma de culto, porém deixaremos isto para um próximo texto.

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