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Quantidade X Qualidade

  • Babalorixá Reinaldo d'Oxalá
  • 12 de fev. de 2015
  • 2 min de leitura

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Sempre me pergunto: "O que é necessário para um terreiro crescer e se fazer conhecido?" Logo me vem a resposta: "Os filhos de Santo são de suma importância para edificar e propiciar o crescimento de uma Casa de Axé, pois um Bàbá ou uma Iyá não conseguem levar sozinhos uma casa nem sequer administrá-la com todos os atendimentos e funções."

Pois bem: levando em conta esta resposta, sempre me vem um outro questionamento, aquele de que quantos filhos um zelador consegue cuidar de forma adequada.

Vejos meus irmãos zeladores lotarem suas casas, vejo correntes de Umbanda imensas, casas de uma proporção descomunal, será que dão conta de tal?

Meses atrás um filho de Santo de uma casa de São Paulo me procurou para desabafar. Ouvi suas reclamações e aconselhei que procurasse sua Mãe de Santo; fiquei aterrorizado com a resposta que me deu, ele me disse que sua mãe não tinha tempo de ouvir tantos filhos, insisti para que ele falasse então com uma entidade dela, seria um momento propício durante os trabalhos, aí me veio uma resposta mais dolorosa ainda: " não me lembro quanto tempo faz que não consigo me achegar nas entidades de minha mãe".

Percebo que o número tem falado mais alto, o número de filhos, de mensalidades a serem recebidas, número de pessoas que divulguem o Templo, enquanto isto, as vidas destas pessoas, o ser humano que há em cada um é deixado de lado, o papel sacerdotal e digo, o papel paterno/ materno tão necessário para com os nossos zelados já não existe mais. Temos nos terreiros um número crescente de filhos em depressão, suicídios ocorrem em número imenso, penso que bastaria uma conversa com seu zelador, um ponto bem firmado, um descarrego bem feito para sanar estes problemas. Noto filhos que passam desapercebidos pelos seus pais de santo como se fossem empregados de mais baixo nível, não recebem nem sequer um "muito obrigado", quando é necessário algum trabalho que o livre de um mal, logo valores são citados. Fico indignado com estas questões, mas fazer o que ?

Umbanda é caridade, humildade ! Vejo isto sendo pregado para as assistências dos terreiros quando não é praticado nem na relação zelador - filho de Santo.

Aconselho a um irmão que está pensando em entrar para a Umbanda que sonde as relações ali estabelecidas, que olhe como o zelador trata seus filhos, se ele trata seus filhos como número ou como seres humanos que merecem ser valorizados, afinal, ninguém procura uma casa para ser contabilizado, mas para desenvolver seus dons mediúnicos e evoluir tanto materialmente, como espiritualmente.

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